ELEIÇÕES 2018
Geraldo Alckmin, Marina Silva, Rodrigo Maia, Joaquim Barbosa, Manuela
D'Ávila e Flávio Rocha (Antonio Milena/VEJA.com - Sergio Lima/Folhapress
- Bruno Santos/Folhapress - Marcelo Bertani/Agência ALRS/Divulgação)
Depois da divulgação dos resultados da nova pesquisa Datafolha com
cenários para a corrida presidencial de outubro deste ano, neste
domingo (15), os pré-candidatos à Presidência da República comentaram
seus desempenhos junto ao eleitorado.
Empatada com o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ) na liderança dos cenários eleitorais sem a presença do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a ex-ministra Marina Silva (Rede) diz
estar preocupada com o “risco de extrema polarização”. Por meio de
nota, Marina destaca que possui interesse pelo debate e não com embate,
numa referência a Bolsonaro. Considerando os cenários em que Lula, preso
em Curitiba, não aparece entre os candidatos, a pré-candidata da Rede
varia entre 15% e 16% das intenções de voto; Jair Bolsonaro tem 17%.
O ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin
(PSDB), que varia entre 7% e 8% na pesquisa, declarou por meio de um
comunicado que está otimista com o início de sua pré-campanha, mas
considera os cenários ainda incipientes. Na sua opinião, o eleitor
começará a definir seu voto apenas a partir de agosto. “Pesquisas são
retratos do momento e o momento é de completa indefinição”, ponderou.
Presidente do PSDB, Alckmin também questiona a
distinção entre a pesquisa mais recente do Datafolha e o levantamento
anterior do instituto de pesquisas, realizado no final de janeiro. O
tucano acredita que os números apurados na nova pesquisa “não permitem
inferir qualquer tipo de evolução”.
O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi,
disse estar satisfeito com o desempenho do ex-ministro Ciro Gomes,
pré-candidato da legenda. No cenário em que Lula não participaria da
disputa, Ciro conta com 9% das intenções de voto, empatado com Geraldo
Alckmin e com o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa (PSB). “O resultado está bom. Está dentro do que a gente havia previsto. Agora é avançar”, resumiu.
Lupi, no entanto, não esconde sua preocupação com a
persistência da intenção de votos de Jair Bolsonaro. Ele afirma que, num
primeiro momento, acreditava que o maior adversário de Ciro Gomes seria
o tucano. “Imaginávamos que haveria uma queda de Bolsonaro”, disse.
“Mas hoje eu não sei. Ele está conseguindo se manter. Seu eleitorado
acredita que a solução da violência é a pena de morte. É algo muito
preocupante”, diz Carlos Lupi.
Para o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira,
Joaquim Barbosa teve um desempenho abaixo do potencial esperado pelo
partido. Recém-filiado ao PSB, Barbosa oscilou entre 9% e 10% das
intenções de voto nos cenários sem Lula. “Acho que o
resultado foi aquém do que o potencial que de fato ele (Barbosa) tem. O
que acontece com o ministro Joaquim é que muitas pessoas não lembram o
nome. Quando você mostra a fotografia, a pessoa lembra”, afirma
Siqueira.
O dirigente ponderou, contudo, que o resultado foi
“excelente”, quando se leva em conta que Joaquim Barbosa sequer anunciou
oficialmente a pré-candidatura ao Palácio do Planalto.
Pré-candidato à Presidência pelo DEM, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia
(RJ), afirmou que a pesquisa não traz nenhuma surpresa. Para ele, o
levantamento só comprova o que o meio político já esperava: que a
indefinição sobre a disputa presidencial aumenta com a ausência do
ex-presidente Lula no pleito. “Nenhuma surpresa. Sem Lula, a
indefinição aumenta”, afirmou Maia, que marcou 1% das intenções de voto
em todos os cenários testados pelo instituto de pesquisas. ,
O presidente da Câmara também comentou os números
atingidos por Joaquim Barbosa na pesquisa e declarou que não esperava um
desempenho melhor do ex-ministro do Supremo. “A
expectativa de muitos era Joaquim Barbosa com 15%, 20%. Eu não esperava.
Achava que ele viria entre 8% e 10% mesmo”, disse o parlamentar.
Assim como Rodrigo Maia, o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles, virtual
candidato do MDB, afirmou que a pesquisa Datafolha veio “dentro do
esperado”. Na avaliação dele, que também continuou com 1% das intenções
de votos no melhor dos cenários, somente pré-candidatos que enfrentam
acusações e outros problemas tendem a oscilar nas pesquisas durante a
pré-campanha.
“No meu caso, o mais importante agora são as pesquisas
qualitativas que mostram que eleitores que têm acesso ao meu histórico
reagem positivamente em sua grande maioria”, acrescentou o ex-ministro.
A pré-candidata pelo PCdoB e deputada estadual do Rio Grande do Sul, Manuela D’Ávila, usou sua conta no Facebook para comemorar o resultado da pesquisa Datafolha,
divulgada na madrugada deste domingo, e reforçou o pedido de ajuda aos
internautas que militam em prol da sua candidatura para avançar na
campanha através das redes sociais.
“Chegar em abril com 3% de intenção de voto, com uma pré
campanha sem estrutura, com a comunicação via internet no estilo Glauber
Rocha (um celular na mão e um monte de ideias para o Brasil na cabeça) é
um motivo de muita alegria”, afirmou há pouco na publicação.
Também pré-candidato à sucessão de Michel Temer, o empresário Flávio Rocha
(PRB) acredita que o alto patamar de eleitores que declararam o voto em
branco ou nulo na pesquisa Datafolha abre uma lacuna para a expansão de
seu projeto de campanha. Para Rocha, a conquista deste eleitorado ainda
indeciso o levará até o segundo turno. “Isso nos deixa muito
confiantes. Este grande porcentual de eleitores que não sabem onde votar
significa que eles estão a procura de um projeto que, para eles, ainda
não existe. Mas nós temos esse projeto e faremos com que ele seja
conhecido através de um vasto esforço de comunicação”.
A nova pesquisa Datafolha,
foi realizada entre quarta 11, e sexta-feira 13, teve como base 4.194
entrevistas em 227 municípios. A margem de erro é de 2 pontos
porcentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.
(Veja.Abril.com.br)
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