A Polícia Civil do Rio Grande do Norte, por meio da Delegacia
Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor),
prendeu na manhã desta quinta-feira (19), em um apartamento na Praia de
Areia Preta, na Zona Leste de Natal, um casal suspeito de praticar o
crime de tráfico interestadual de entorpecentes. Especialistas em
comércio de drogas sintéticas, o patrimônio avaliado dos presos seria de
R$ 5 milhões, segundo polícia potiguar.
Essa foi a segunda fase da
Operação Caça às Bruxas, deflagrada em 15 de março passado pela Polícia
Civil do Distrito Federal e que cumpriu mandados de prisão e busca e
apreensão em nove estados, incluindo o Rio Grande do Norte. O alvo
foi um grupo criminoso interestadual que vendia drogas sintéticas pelo
correio, no qual os presos desta quinta-feira fariam parte.
"Aqui, esse cidadão preso hoje não foi encontrado naquela época",
explicou Odilon Teodósio, titular da Deicor. "Fomos até uma agência dos
Correios na capital e apreendemos na caixa postal uma remessa de
comprimidos de ecstasy, uma pequena quantidade diante dos 30 mil
comprimidos que ele distribuía semanalmente", acrescentou.
O suspeito comprava cerca de R$ 120 mil reais por mês, em períodos de
vendas elevadas, por isso que ele seria tido como o "rei do LSD e do
ecstasy", informou a Deicor.
Conforme informou a Polícia Civil, os criminosos vendiam as drogas
sintéticas por meio de um perfil falso nas redes sociais. Após o pedido
de encomenda, os clientes faziam um depósito bancário e a droga (LSD ou
ecstasy) chegava em casa pelos Correios.
Casal ostentação
O casal não poupava dinheiro. Eles estavam em um apaprtamento de alto
padrão na Praia de Areia Preta, possuíam jóias, dinheiro em espécie em
euro, e ainda faziam viagens ao exterior com frequência. A última, em
fevereiro deste ano, foi para a França e Portugal.
No apartamento onde ocorreu a prisão, a polícia encontrou ainda duas
balanças de precisão, uma pequena quantidade de cocaína e dois veículos
de luxo, na garagem. Uma quantia de mais de R$ 9 mil, e um mil e
duzentos euros, várias jóias, celulares e dois veículos de luxo,
pertencentes ao casal, também foram apreendidos.
Essa foi a segunda prisão do homem em menos de um mês, como relatou o
delegado titular da Deicor, Odilon Teodósio. Segundo ele, o suspeito foi
preso em flagrante por tráfico de drogas no município de Dourados, em
Mato Grosso do Sul, no dia 24 de março passado. Mas foi liberado pela
Justiça Federal no dia seguinte.
Lavagem de dinheiro
A esposa do suspeito também foi presa como cúmplice. De acordo com a
Deicor, ela tem uma empresa de entretenimento que atua na produção de
festas raves.Ela aproveitaria os eventos para distrubuir drogas
sintéticas, como LSD e ecstasy.
"Ela é cumplice, principalmente com a lavagem de dinheiro do esposo",
afirmou o delegado da Deicor. O material apreendido no estado irá para a
Polícia Civil do Distrito Federal.
(Por Kleber Teixeira, Inter TV Cabugi)
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