BRASIL, POLÍTICA
A senadora Gleisi Hoffmann (PR), presidente do PT, que declarou apoio a Maduro (Pedro Ladeira/Folhapress)
A senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT, disse no domingo na Nicarágua que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o seu partido são vítimas de perseguição judicial no Brasil, manifestou o apoio petista ao presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, e ao regime cubano e saudou as vitórias nas disputas presidenciais dos esquerdistas Daniel Ortega, na própria Nicarágua, e de Lenin Moreno, no Equador.
As declarações foram dadas durante o 23º Encontro do Foro de
São Paulo, congregação de diversos partidos de esquerda da América
Latina e do Caribe que se reúne em Manágua, capital do país, até a
próxima quarta-feira.
“Estamos frente à ofensiva de judicialização da política em
todo o continente, e no Brasil a intenção é destruir o PT e impedir que o
maior líder popular brasileiro, Lula, seja nosso candidato nas eleições
presidenciais de 2018, pois sabem que a possibilidade de sua vitória é
enorme”, disse. Segundo ela, “mais do que nunca necessitamos de um
governo de esquerda de volta ao nosso país”. “Para retomar o
desenvolvimento nacional, a política externa altiva e ativa e reverter
as consequências do ajuste neoliberal imposto pela quadrilha golpista
que se instalou no nosso governo”, completou Gleisi.
De acordo com Gleisi, as vitórias de Ortega e Moreno
“demonstraram claramente que é possível enfrentar e derrotar as novas
táticas eleitorais e golpistas da direita”. “Apesar do revés eleitoral
que sofremos na Argentina e o golpe parlamentar no Brasil, os principais
partidos membros do Foro de São Paulo estão retomando a ofensiva
política diante dos atuais governantes da direita nestes dois países com
a perspectiva de voltar a governá-los no curto prazo”, afirmou.
Sobre a Venezuela, Gleisi disse que o PT apoia o regime de
Maduro e a Assembleia Constituinte convocada por ele. “O PT manifesta
seu apoio e solidariedade ao governo do PSUV, seus aliados e ao
presidente Nicolás Maduro frente à violenta ofensiva da direita contra o
governo da Venezuela e condenamos o recente ataque terrorista contra a
Corte Suprema. Temos a expectativa que a Assembleia Constituinte possa
contribuir para uma consolidação cada vez maior da revolução bolivariana
e que as divergências políticas se resolvam de forma pacífica”, disse.
Por fim, também declarou solidariedade ao regime cubano. “Aproveitamos
para manifestar nosso irrestrito apoio e solidariedade aos companheiros
do Partido Comunista Cubano e ao povo de Cuba diante do retrocesso
imposto pela nova administração do governo estadunidense em relação aos
acordos alcançados com a administração Obama e a manutenção do criminoso
bloqueio econômico”, disse, sobre a decisão de Donald Trump de cancelar
o acordo de aproximação dos EUA com Cuba firmado pelo seu antecessor,
Barack Obama.
(Veja.Abril.com.br)
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